Serviços de entrega crescem no Brasil e mudam a forma como os consumidores fazem compras de supermercado
A rotina acelerada, os engarrafamentos nas grandes cidades e a busca por conveniência estão transformando a maneira como os brasileiros fazem compras de supermercado. O que antes era sinônimo de passeio semanal com o carrinho entre as gôndolas agora cabe em poucos cliques no celular.
Os aplicativos e sites de compras de mercado online se consolidaram como alternativas viáveis para quem busca praticidade e economia de tempo, refletindo uma mudança de comportamento cada vez mais evidente.
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Adaptação e crescimento do setor

O mercado online de supermercados no Brasil tem passado por uma expansão considerável, especialmente nos últimos anos. Durante a pandemia de Covid-19, muitos consumidores foram forçados a experimentar esse tipo de serviço e grande parte não voltou atrás. A experiência de escolher os produtos no conforto de casa, com entrega no mesmo dia, conquistou uma fatia significativa dos consumidores.
Redes varejistas de médio e grande porte investiram em tecnologia, logística e atendimento para atender a essa nova demanda. Algumas passaram a operar com centros de distribuição exclusivos para pedidos online, enquanto outras firmaram parcerias com aplicativos de entrega para agilizar o processo.
Mudança no perfil do consumidor
Se antes o consumidor optava pelo supermercado online apenas em situações pontuais, hoje o hábito é frequente. A praticidade de poder repetir pedidos anteriores, visualizar promoções específicas como um cupom Carrefour fácil de ativar no app, por exemplo, e programar entregas regulares também atrai perfis diversos – de famílias com filhos pequenos a pessoas que moram sozinhas e buscam conveniência.
Além disso, há uma preocupação crescente com o controle de gastos. A compra online permite comparar preços com mais facilidade e visualizar o valor total antes de finalizar o pedido, evitando compras por impulso.
Desafios e avanços logísticos
A agilidade na entrega é um dos pilares para a fidelização do consumidor digital. Por isso, empresas do setor varejista vêm apostando em tecnologias de geolocalização, rotas otimizadas e até inteligência artificial para reduzir prazos e garantir a integridade dos produtos, especialmente os perecíveis.
Em algumas capitais, já é possível receber a compra em menos de duas horas. Contudo, esse avanço ainda esbarra em obstáculos logísticos em determinadas regiões do país, onde a infraestrutura ou a baixa densidade populacional dificultam a operação eficiente dos serviços de entrega.
Impacto nas lojas físicas
A digitalização das compras de mercado não eliminou a necessidade das lojas físicas, mas levou as redes a repensarem seus modelos. Muitos supermercados adotaram o conceito de “dark stores” – estabelecimentos dedicados apenas a preparar pedidos online. Outros criaram espaços híbridos, com áreas específicas dentro das lojas para esse tipo de serviço.
Essa transformação também gerou novos empregos e funções, como os “shoppers”, responsáveis por separar e embalar os produtos comprados online. Ao mesmo tempo, aumentou a pressão por qualidade no atendimento e rapidez nas entregas, exigindo constante aperfeiçoamento das equipes.
Tendência que veio para ficar
Mais do que uma resposta à pandemia, o crescimento do supermercado online reflete uma mudança cultural. O consumidor brasileiro incorporou a tecnologia no cotidiano e passou a valorizá-la como aliada na organização da rotina. Com a popularização dos serviços e a melhoria contínua da experiência de compra, a expectativa é que esse modelo se torne cada vez mais presente nos lares do país.
Afinal, se é possível fazer as compras da semana enquanto espera um transporte, está no intervalo do trabalho ou assiste à televisão, por que não aproveitar? O carrinho foi digitalizado – e, com ele, a forma de consumir.